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Neste estudo, introduzimos e exploramos o fenômeno que denominamos “fintechrização”, caracterizado pelo surgimento de fintechs criadas por empresas tradicionais não-financeiras, especialmente grandes varejistas, que visa atender clientes marginalizados pelos incumbentes do setor financeiro, como bancos tradicionais e fintechs startups. Na América Latina e Caribe, a inclusão financeira tem crescido significativamente, especialmente após a pandemia. No Brasil, a inclusão foi impulsionada por medidas regulatórias governamentais, promovendo maior competitividade no setor de fintechs. Contudo, ainda existe um contingente significativo de pessoas excluídas e mal atendidas pelo sistema financeiro. Este cenário representa um “vazio institucional”, que as empresas varejistas estão transformando em oportunidade, com suas fintechs. Concluímos apresentando um modelo conceitual baseado nas teorias dos Vazios Institucionais e da Construção Social da Tecnologia (SCOT), que sugere que a inovação tecnológica neste setor é moldada socialmente para atender às demandas específicas de diferentes grupos sociais, refletindo a interação entre desenvolvimentos tecnológicos e contextos sociais.
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